quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diário das intervenções: 5ª visita à instituição

No dia 09 de novembro demos continuidade à nossa agenda de intervenções na instituição campo de estágio. Depois de conhecer a coordenadora pedagógica como profissional, nosso objetivo agora é conhecer a coordenadora como pessoa. Para isso aplicamos uma dinâmica chamada Psicologia Ativa, seguida de uma caixinha decorativa que deveria ser interpretada. Abaixo segue a descrição das dinâmicas aplicadas.

DINÂMICA: PSICOLOGIA ATIVA

Tempo de aplicação: aprox. 45 min.
Número de participantes: individual ou em grupo
Processo: 2 momentos
Material utilizado: dado, cartolina, tesoura, pincel atômico, caixinha decorativa (sugestiva) e um objeto que caracterize/ identifique a pessoa (participante) e muita criatividade...

Comentário...

A auto-reflexão faz parte do crescimento pessoal e profissional de todos nós. Ciente disso, essa dinâmica objetiva fazer o indivíduo refletir sobre sua pessoa, através do auto-desenvolvimento, auto-percepção e a auto-reflexão. Olhar pra dentro de si como sujeito, envolvendo sua especificidade e emoções etc., e reconhecer que para ter o sucesso profissional é peculiar ter o equilíbrio emocional e não necessariamente um QI (quociente de inteligência) elevado.

6 Temáticas (aptidões de acordo com Goleman)

1.    Inteligência Emocional – Quem duvida de que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional? O jornalista e psicólogo norte-americano Daniel Goleman duvidou e mostrou que a maioria das pessoas bem-sucedidas tem como característica seu equilíbrio emocional e não um QI nas alturas. Estudando o conjunto de aptidões que contribuem para esse equilíbrio, Goleman desenvolveu o conceito de Inteligência Emocional, descrito no livro de mesmo nome que ele lançou em 1995.
E o que isso tem a ver com a educação? Tudo, pois Goleman afirma que as aptidões emocionais podem e devem ser desenvolvidas no ambiente familiar e na escola. Para ele, a base genética que determina nossas características emocionais se consolida ao longo da infância. Sendo assim, um desenvolvimento positivo nessa fase se refletirá em todos os aspectos de nossa vida futura.
Se as famílias estão dividindo com a escola a responsabilidade pela educação das crianças, o aprendizado emocional torna-se também um compromisso pedagógico. O desenvolvimento emocional, Goleman comprova, tem reflexos diretos no aproveitamento escolar à medida que os alunos se tornam mais sociáveis, responsáveis e automotivados.
Para o psicólogo Daniel Goleman, existem algumas habilidades que caracterizam a trajetória de pessoas consideradas emocionalmente inteligentes. Essas capacidades estão ligadas à inteligência interpessoal e à intrapessoal, descritas pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner em Teoria das Inteligências Múltiplas (Nova Escola, nº 101).

2.    Autoconsciência – Capacidade de saber o que está sentindo.
As próprias emoções parecem óbvias para as pessoas, mas não é rara a confusão de sentimentos diferentes, como raiva e frustração. Também comum é se deixar dominar por estados confusos: nutrir um mau humor, por exemplo, quando nem se lembra o que levou à chateação.
A noção precisa dos sentimentos permite a tomada de decisões.

3.  Lidar com emoções – É administrar o que sente. Esse autocontrole não significa negar as emoções, mas dar a elas sua devida dimensão, procurando uma maneira positiva de superá-las ou de conviver com elas. É preciso estabelecer uma estratégia para lidar com os sentimentos. Por exemplo: “Estou ansioso para ver os resultados dos meus exames. Como eles só ficam prontos amanhã, vou me ocupar com atividades que me acalmam”.

4.  Automotivação – Faculdade de colocar as emoções a serviço de uma meta. Quando conseguimos estabelecer um objetivo, fica mais fácil conter a ansiedade e controlar impulsos que poderiam colocá-lo em risco. O resultado é a persistência.
A capacidade de motivar-se está associada à crença de que, se nos empenharmos, atingiremos resultados. Segundo Goleman, a automotivação é característica dos grandes atletas.

5.  Empatia – Sensibilidade para perceber as emoções do outro e colocar-se no lugar dele. Esse sentimento, básico nas manifestações de solidariedade, relaciona-se com comportamentos de fundo ético. A empatia deixa claro o quanto é doloroso ser injustiçado ou agredido. Assim, as pessoas compreendem que os outros têm sentimentos semelhantes aos seus e se esforçam para não cometer injustiças ou agressões.

6.    Capacidade de se relacionar – Habilidade de lidar com as emoções dos outros de maneira adequada. Em qualquer relacionamento, as pessoas enviam sinais verbais e não verbais que afetam os demais. O controle adequado dessa sinalização permite elevar o grau de bem-estar que se causa aos outros. Essa bagagem humana é básica nos líderes e nas chamadas “estrelas sociais”, pessoas que todos consideram encantadoras.

Acessado em: 13 jun.2007. 

Passo a passo da dinâmica

1º momento

1º passo: Produzir 6 fichinhas de cartolina com 5 palavras-chave (aleatórias/ livre escolha), correspondentes as temáticas: inteligência emocional, autoconsciência, lidar com emoções, automotivação, empatia e capacidade de se relacionar (citadas a cima).
2º passo: Cada temática dessa citada corresponderá a um número do dado, pela sequência disponibilizada acima.
3º passo: O participante não terá acesso às temáticas, só ao dado e as fichinhas. Ele começa a jogar o dado e a medida em que vai surgindo um número, a pessoa que está aplicando a dinâmica ler a temática que corresponde aquele número, o participante coloca o número na fichinha que tem as palavras-chave que se encaixam naquela temática, e assim sucessivamente, até jogar todos os números do dado. Caso o mesmo número se repita na jogada, o participante continua jogando o dado até surgir um novo número.
4º passo: Agora é hora da pessoa que está aplicando a dinâmica revelar as palavras que correspondem àquela determinada temática e lançar um questionamento: você concorda que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional?, através de um pequeno texto lido, onde o participante vai acompanhar escutando e observando se marcou o número correto. Caso contrário, ele terá que rever seus conceitos e corrigir de acordo com o texto. Vale analisar o percentual de respostas certas, pois isso é bom para a auto-estima (risos).
Essa dinâmica não objetiva apontar erros, porém fazer o sujeito rever seus conceitos através da tríade / práxis: ação-reflexão-ação, primeiro ele age, depois reflete a ação com a ajuda do outro, na sequência apreende uma nova concepção, ou seja, amplia seu campo de conhecimento relacionado às aptidões que mobilizam o ser humano.







2º momento: caixinha decorativa

1º passo: Utilizando a caixinha decorativa o participante terá que deixar fluir seu 6º sentido (ufa!!!) e tentar adivinhar qual é o objeto que está ali dentro, vai falando até acertar. Se apresentar muita dificuldade a pessoa que estar aplicando a dinâmica auxiliará dando pequenas pistas...
 2º passo: Quando finalmente o participante acertar qual é o objeto que o identifica, será lido para ele uma linda mensagem focando num adjetivo que corresponde a sua personalidade.
Em suma, trata-se de um momento ímpar, em que o aspecto afetivo é o fio condutor. E fundamentado no sociointeracionista Wallon, o aspecto afetivo (emocional, social) é responsável pelo desenvolvimento integral da pessoa.
É tudo pessoal...
Bjus e boa dinâmica,








DIÁRIOS PESSOAIS


Ana Paula:


A dinâmica da “Psicologia ativa” é muito interessante, o Coordenador participa o tempo todo, refletindo sobre sua subjetividade, que por vezes, acaba interferindo na dinâmica do dia a dia no seu trabalho. O desenvolvimento da dinâmica nos levou, a compreender que precisamos saber lidar com as emoções, como nosso humor, nosso jeito de falar, nossos gestos, os problemas pessoais e a educação que recebemos da nossa família, que acabam interferindo  na qualidade do papel do coordenador, que nesse caso, precisa estar pronto para os desafios dos processos educativos, porque seu trabalho está relacionado a comunicação e pessoas.

Ao colocarmos o Coordenador, para refletir sobre as “pedrinhas”, é emocionante, por causa da trajetória que todos nós construímos, que foram muitas vezes dolorosas, decepções e dificuldades que sempre existirão, mas que é preciso ter sabedoria para superar cada situação, são essas experiências que constroem um profissional responsável e equilibrado, podemos dizer, a tal maturidade que almejamos alcançar.


Betiene:


Com o objetivo de trabalhar um pouco o “eu” da coordenadora é que, no dia 09 de novembro, desenvolvemos e adaptamos a dinâmica da Psicologia Ativa, na qual lhe entregamos 6 fichas com algumas palavras chaves e de acordo com o número que saísse ao jogar o dado, era apresentado uma palavra ou frase que ela teria que relacionar com as fichas que já estavam em sua posse, como se fosse uma palavra geradora. Foram expostas seis palavras/frases (autoconsciência, lidar com emoções, automotivação, empatia, capacidade de se relacionar, inteligência emocional). Após terminar as seis, explicamos um pouco sobre suas características, e a medida que explicávamos a coordenadora podia trocar a posição das fichas, ou seja, esta dinâmica foi uma forma de ação-reflexão-ação. Também esclarecemos que estes conceitos foram descritos pelo jornalista e psicólogo Daniel Goleman que defende que a maioria das pessoas que tem sucesso profissional apresenta como característica seu equilíbrio emocional e não um alto quociente de inteligência (QI). A coordenadora concordou com o autor que o caminho mais seguro para se alcançar sucesso profissional não é a inteligência, pois segundo ela tem aquele que é muito inteligente, mas se acomoda não alcançando sucesso e tem aqueles que não são muito inteligentes, porém são esforçados e conseguem vencer na profissão. Em suas palavras “não me considero uma pessoa muito inteligente, mas sou esforçada”. Para ilustrar o que foi dito ela expôs a fábula da lebre e da tartaruga, que a lebre ao considerar que a tartaruga nunca iria lhe vencer em uma corrida por ser muito devagar foi dormir, e ao acordar a tartaruga tinha vencido, apesar de sua vagareza. A coordenadora considerou todas as palavras/frases necessárias para o trabalho como coordenadora, destacando principalmente a “capacidade de se relacionar”, pois o coordenador pedagógico lida com diferentes personalidades. E também fez relação com dois livros que ela tinha lido “Pais brilhantes professores fascinantes / Nunca desista de seus sonhos”.

No 2° momento desenvolvemos outra dinâmica, na qual utilizamos uma caixinha que dentro colocamos algumas pedrinhas azuis, pedimos que com a caixa fechada a coordenadora dissesse o que tinha dentro, e para nossa surpresa ela não demorou em descobrir que eram pedrinhas que estava dentro da caixa. E ao pegar as pedrinhas que tinha algumas arestas, pedimos para que ela às relacionasse com sua vida. A coordenadora se identificou com as pedras e disse que se lembra de sua infância e cada aresta representava os momentos difíceis que ela enfrentou, e que contribuiu para a coordenadora que ela é hoje, ela ainda diz que hoje sua vida ainda continua com as arestas, ou seja, obstáculos e cada vez que ela os supera adquire na profissão mais experiência e maturidade. Um entrave que a coordenadora diz ter em sua vida é a falta de tempo, para poder alcançar seu grande sonho, que é poder entrar no mestrado.

Esse dia foi maravilhoso, as dinâmicas superaram as expectativas do grupo e a coordenadora adorou, e até se emocionou em alguns momentos. Encerramos dizendo, que levamos aquelas pedras porque ela era uma pedra preciosa na construção do conhecimento de muitas crianças. Ao terminar ela demonstrou a sua satisfação com o grupo. É muito gratificante perceber que estamos de alguma forma marcando a vida da coordenadora, cada momento de encontro é um aprendizado para todos os que participam.



Érika:


A dinâmica “Psicologia Ativa” proporcionou a todos os envolvidos além de troca de experiência, uma auto-reflexão onde o aspecto emocional foi o ápice, naquele momento não se tratava de profissionais, mas de pessoas com fragilidades, potencialidades, peculiaridades etc.

Durante o 1º momento a coordenadora discordou da pergunta lançada: “você concorda que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional?. Foi bem concisa ao relatar-nos que a inteligência não é o único caminho para o sucesso profissional, pois existe muitas pessoas inteligentes que se acomodam e não conseguem ser bem-sucedidas profissionalmente, em contrapartida, tem aquelas que não são inteligentes, porém são esforçadas e conseguem atingir seu alvo, grupo de pessoas no qual ela se considera inclusa, e ainda acrescenta, que a capacidade de se relacionar deve ser peculiar para os que fazem a gestão.

No 2º momento, ao utilizarmos a caixinha decorativa, ela nos surpreendeu mais uma vez (como sempre), identificou o objeto na segunda tentativa disse que se tratava de pedrinhas e de fato era, e que as mesmas se identificavam com a sua infância, pois simbolizavam obstáculos já superados e os que estavam por vir, apresentavam muitas arestas que precisavam ser moldadas e em algumas vezes seriam dolorosas...

Ela não se conteve, e a emoção não conseguiu segurar as lágrimas que insistiam em danificar a sua maquilagem (risos ou lamento?), e continuou a desabafar que o “entrave” na sua vida era o tempo, pois reconhece que não pode realizar no momento por motivos diversos o que tanto almeja, o seu tão sonhado mestrado!

Em suma, pude comprovar que necessariamente naquele momento, a dinâmica contribuiu para a mesma se renovar como profissional e pessoa principalmente, pois antes de qualquer ação ser positiva é preciso você (pessoa) acreditar em si e nas suas potencialidades. Afinal, se você não acredita em si mesma, jamais acreditará no sucesso de um trabalho que venha a desenvolver e principalmente nas outras pessoas.


Lisiane:



Já que no nosso último encontro na instituição tínhamos realizado uma dinâmica para conhecer a coordenadora como profissional, seus anseios e forma de proceder com o trabalho, agora, no dia 09, o nosso objetivo era conhecer um pouco da coordenadora como pessoa, suas expectativas de vida. Para isso realizamos duas dinâmicas. A primeira, psicologia ativa, fazia com que a coordenadora refletisse diante das palavras chaves que eram lançadas e escolhesse fichas que achasse que encaixava com essas palavras. No final, nós líamos um texto que explicava o verdadeiro significado das palavras-chave fazendo com que a coordenadora refletisse e mudasse algumas de suas escolhas, realizando a práxis (ação-reflexão-ação). No decorrer dessa primeira dinâmica, a coordenadora fez algumas observações que valem a pena ser colocadas aqui. Uma delas é que não concorda que o caminho para alcançar os objetivos é a inteligência, mas sim que é através do esforço e de muita dedicação que conseguimos chegar aonde queremos. Disse ainda que leu uma vez no livro de Augusto Cury, Pais brilhantes, Professores fascinantes, que quando se é inteligente demais acaba se acomodando. Para ilustrar esse comentário, citou a fábula da lebre e da tartaruga, na qual a lebre se achou inteligente e rápida demais e acabou perdendo a corrida. Falou também que um gestor tem que ter muito a questão da empatia, tratada no item 5 da dinâmica, no qual é mostrada a importância de saber lidar com outro e colocar-se no lugar dele. Na segunda dinâmica, a parte da caixinha decorativa, a coordenadora nos impressionou com a rapidez em que descobriu o teor da caixa. Logo na segunda tentativa disse que eram pedrinhas que tinha lá. Quando abriu e realmente viu o que era (pedrinhas azuis), pedimos para que ela nos dissesse o que aquilo representava para ela naquele momento e ela se remeteu à sua infância e disse que a pessoa que ela é hoje vem se construindo desde então. Agora com mais maturidade para enfrentar as dificuldades e os obstáculos que a vida apresenta e diz que o maior deles é o tempo, pois é quem a impede de realizar alguns de seus sonhos, como o curso de mestrado, por exemplo. E nós finalizamos dizendo o porque daquelas pedrinhas, dizendo que  elas eram como pedrinhas preciosas, ela, a pessoa, como uma pedra preciosa, peça-chave para a construção do conhecimento de cada criança que ela coordena. Enfim, nesse dia tudo foi muito maravilhoso, todas nos envolvemos no processo e, junto à coordenadora, nos emocionamos. E a cada encontro e à cada intervenção, aprendemos e nos enriquecemos cada vez mais. Até o momento, tem sido tudo muito gratificante.


Maria Elizabete:


Na quarta–feira, dia 09 de novembro tivemos um novo encontro com a Coordenadora. Decidimos nesse dia executar duas dinâmicas com o objetivo de conhecermos um pouco da coordenadora como pessoa. A primeira foi a “Psicologia Ativa”, e a segunda a da “Caixinha com Pedras Azuis”.

Nesse dia ela relembrou a sua infância e afirmou que essa infância construiu a pessoa que é hoje. Foi uma criança muito amada teve momentos tristes, mas também muitos felizes. Quanto às pedrinhas da segunda dinâmica, significam as dificuldades, algumas que já passaram e outras que virão, são “arestas” que machucam, no entanto deixam um saldo de sabedoria.

Intitulou-se uma pessoa muito esforçada, porém pouco inteligente, na minha opinião além de ser possuidora desses dois predicados, pode-se  acrescentar a modéstia, característica das pessoas sábias.

Tivemos uma manhã de muita descontração, rimos muito e também nos emocionamos. Foram momentos que eu qualifico de valiosos, as lições que a Coordenadora nos transmitiu foram de grande aprendizado. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário