quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Diário das intervenções: 5ª visita à instituição

No dia 09 de novembro demos continuidade à nossa agenda de intervenções na instituição campo de estágio. Depois de conhecer a coordenadora pedagógica como profissional, nosso objetivo agora é conhecer a coordenadora como pessoa. Para isso aplicamos uma dinâmica chamada Psicologia Ativa, seguida de uma caixinha decorativa que deveria ser interpretada. Abaixo segue a descrição das dinâmicas aplicadas.

DINÂMICA: PSICOLOGIA ATIVA

Tempo de aplicação: aprox. 45 min.
Número de participantes: individual ou em grupo
Processo: 2 momentos
Material utilizado: dado, cartolina, tesoura, pincel atômico, caixinha decorativa (sugestiva) e um objeto que caracterize/ identifique a pessoa (participante) e muita criatividade...

Comentário...

A auto-reflexão faz parte do crescimento pessoal e profissional de todos nós. Ciente disso, essa dinâmica objetiva fazer o indivíduo refletir sobre sua pessoa, através do auto-desenvolvimento, auto-percepção e a auto-reflexão. Olhar pra dentro de si como sujeito, envolvendo sua especificidade e emoções etc., e reconhecer que para ter o sucesso profissional é peculiar ter o equilíbrio emocional e não necessariamente um QI (quociente de inteligência) elevado.

6 Temáticas (aptidões de acordo com Goleman)

1.    Inteligência Emocional – Quem duvida de que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional? O jornalista e psicólogo norte-americano Daniel Goleman duvidou e mostrou que a maioria das pessoas bem-sucedidas tem como característica seu equilíbrio emocional e não um QI nas alturas. Estudando o conjunto de aptidões que contribuem para esse equilíbrio, Goleman desenvolveu o conceito de Inteligência Emocional, descrito no livro de mesmo nome que ele lançou em 1995.
E o que isso tem a ver com a educação? Tudo, pois Goleman afirma que as aptidões emocionais podem e devem ser desenvolvidas no ambiente familiar e na escola. Para ele, a base genética que determina nossas características emocionais se consolida ao longo da infância. Sendo assim, um desenvolvimento positivo nessa fase se refletirá em todos os aspectos de nossa vida futura.
Se as famílias estão dividindo com a escola a responsabilidade pela educação das crianças, o aprendizado emocional torna-se também um compromisso pedagógico. O desenvolvimento emocional, Goleman comprova, tem reflexos diretos no aproveitamento escolar à medida que os alunos se tornam mais sociáveis, responsáveis e automotivados.
Para o psicólogo Daniel Goleman, existem algumas habilidades que caracterizam a trajetória de pessoas consideradas emocionalmente inteligentes. Essas capacidades estão ligadas à inteligência interpessoal e à intrapessoal, descritas pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner em Teoria das Inteligências Múltiplas (Nova Escola, nº 101).

2.    Autoconsciência – Capacidade de saber o que está sentindo.
As próprias emoções parecem óbvias para as pessoas, mas não é rara a confusão de sentimentos diferentes, como raiva e frustração. Também comum é se deixar dominar por estados confusos: nutrir um mau humor, por exemplo, quando nem se lembra o que levou à chateação.
A noção precisa dos sentimentos permite a tomada de decisões.

3.  Lidar com emoções – É administrar o que sente. Esse autocontrole não significa negar as emoções, mas dar a elas sua devida dimensão, procurando uma maneira positiva de superá-las ou de conviver com elas. É preciso estabelecer uma estratégia para lidar com os sentimentos. Por exemplo: “Estou ansioso para ver os resultados dos meus exames. Como eles só ficam prontos amanhã, vou me ocupar com atividades que me acalmam”.

4.  Automotivação – Faculdade de colocar as emoções a serviço de uma meta. Quando conseguimos estabelecer um objetivo, fica mais fácil conter a ansiedade e controlar impulsos que poderiam colocá-lo em risco. O resultado é a persistência.
A capacidade de motivar-se está associada à crença de que, se nos empenharmos, atingiremos resultados. Segundo Goleman, a automotivação é característica dos grandes atletas.

5.  Empatia – Sensibilidade para perceber as emoções do outro e colocar-se no lugar dele. Esse sentimento, básico nas manifestações de solidariedade, relaciona-se com comportamentos de fundo ético. A empatia deixa claro o quanto é doloroso ser injustiçado ou agredido. Assim, as pessoas compreendem que os outros têm sentimentos semelhantes aos seus e se esforçam para não cometer injustiças ou agressões.

6.    Capacidade de se relacionar – Habilidade de lidar com as emoções dos outros de maneira adequada. Em qualquer relacionamento, as pessoas enviam sinais verbais e não verbais que afetam os demais. O controle adequado dessa sinalização permite elevar o grau de bem-estar que se causa aos outros. Essa bagagem humana é básica nos líderes e nas chamadas “estrelas sociais”, pessoas que todos consideram encantadoras.

Acessado em: 13 jun.2007. 

Passo a passo da dinâmica

1º momento

1º passo: Produzir 6 fichinhas de cartolina com 5 palavras-chave (aleatórias/ livre escolha), correspondentes as temáticas: inteligência emocional, autoconsciência, lidar com emoções, automotivação, empatia e capacidade de se relacionar (citadas a cima).
2º passo: Cada temática dessa citada corresponderá a um número do dado, pela sequência disponibilizada acima.
3º passo: O participante não terá acesso às temáticas, só ao dado e as fichinhas. Ele começa a jogar o dado e a medida em que vai surgindo um número, a pessoa que está aplicando a dinâmica ler a temática que corresponde aquele número, o participante coloca o número na fichinha que tem as palavras-chave que se encaixam naquela temática, e assim sucessivamente, até jogar todos os números do dado. Caso o mesmo número se repita na jogada, o participante continua jogando o dado até surgir um novo número.
4º passo: Agora é hora da pessoa que está aplicando a dinâmica revelar as palavras que correspondem àquela determinada temática e lançar um questionamento: você concorda que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional?, através de um pequeno texto lido, onde o participante vai acompanhar escutando e observando se marcou o número correto. Caso contrário, ele terá que rever seus conceitos e corrigir de acordo com o texto. Vale analisar o percentual de respostas certas, pois isso é bom para a auto-estima (risos).
Essa dinâmica não objetiva apontar erros, porém fazer o sujeito rever seus conceitos através da tríade / práxis: ação-reflexão-ação, primeiro ele age, depois reflete a ação com a ajuda do outro, na sequência apreende uma nova concepção, ou seja, amplia seu campo de conhecimento relacionado às aptidões que mobilizam o ser humano.







2º momento: caixinha decorativa

1º passo: Utilizando a caixinha decorativa o participante terá que deixar fluir seu 6º sentido (ufa!!!) e tentar adivinhar qual é o objeto que está ali dentro, vai falando até acertar. Se apresentar muita dificuldade a pessoa que estar aplicando a dinâmica auxiliará dando pequenas pistas...
 2º passo: Quando finalmente o participante acertar qual é o objeto que o identifica, será lido para ele uma linda mensagem focando num adjetivo que corresponde a sua personalidade.
Em suma, trata-se de um momento ímpar, em que o aspecto afetivo é o fio condutor. E fundamentado no sociointeracionista Wallon, o aspecto afetivo (emocional, social) é responsável pelo desenvolvimento integral da pessoa.
É tudo pessoal...
Bjus e boa dinâmica,








DIÁRIOS PESSOAIS


Ana Paula:


A dinâmica da “Psicologia ativa” é muito interessante, o Coordenador participa o tempo todo, refletindo sobre sua subjetividade, que por vezes, acaba interferindo na dinâmica do dia a dia no seu trabalho. O desenvolvimento da dinâmica nos levou, a compreender que precisamos saber lidar com as emoções, como nosso humor, nosso jeito de falar, nossos gestos, os problemas pessoais e a educação que recebemos da nossa família, que acabam interferindo  na qualidade do papel do coordenador, que nesse caso, precisa estar pronto para os desafios dos processos educativos, porque seu trabalho está relacionado a comunicação e pessoas.

Ao colocarmos o Coordenador, para refletir sobre as “pedrinhas”, é emocionante, por causa da trajetória que todos nós construímos, que foram muitas vezes dolorosas, decepções e dificuldades que sempre existirão, mas que é preciso ter sabedoria para superar cada situação, são essas experiências que constroem um profissional responsável e equilibrado, podemos dizer, a tal maturidade que almejamos alcançar.


Betiene:


Com o objetivo de trabalhar um pouco o “eu” da coordenadora é que, no dia 09 de novembro, desenvolvemos e adaptamos a dinâmica da Psicologia Ativa, na qual lhe entregamos 6 fichas com algumas palavras chaves e de acordo com o número que saísse ao jogar o dado, era apresentado uma palavra ou frase que ela teria que relacionar com as fichas que já estavam em sua posse, como se fosse uma palavra geradora. Foram expostas seis palavras/frases (autoconsciência, lidar com emoções, automotivação, empatia, capacidade de se relacionar, inteligência emocional). Após terminar as seis, explicamos um pouco sobre suas características, e a medida que explicávamos a coordenadora podia trocar a posição das fichas, ou seja, esta dinâmica foi uma forma de ação-reflexão-ação. Também esclarecemos que estes conceitos foram descritos pelo jornalista e psicólogo Daniel Goleman que defende que a maioria das pessoas que tem sucesso profissional apresenta como característica seu equilíbrio emocional e não um alto quociente de inteligência (QI). A coordenadora concordou com o autor que o caminho mais seguro para se alcançar sucesso profissional não é a inteligência, pois segundo ela tem aquele que é muito inteligente, mas se acomoda não alcançando sucesso e tem aqueles que não são muito inteligentes, porém são esforçados e conseguem vencer na profissão. Em suas palavras “não me considero uma pessoa muito inteligente, mas sou esforçada”. Para ilustrar o que foi dito ela expôs a fábula da lebre e da tartaruga, que a lebre ao considerar que a tartaruga nunca iria lhe vencer em uma corrida por ser muito devagar foi dormir, e ao acordar a tartaruga tinha vencido, apesar de sua vagareza. A coordenadora considerou todas as palavras/frases necessárias para o trabalho como coordenadora, destacando principalmente a “capacidade de se relacionar”, pois o coordenador pedagógico lida com diferentes personalidades. E também fez relação com dois livros que ela tinha lido “Pais brilhantes professores fascinantes / Nunca desista de seus sonhos”.

No 2° momento desenvolvemos outra dinâmica, na qual utilizamos uma caixinha que dentro colocamos algumas pedrinhas azuis, pedimos que com a caixa fechada a coordenadora dissesse o que tinha dentro, e para nossa surpresa ela não demorou em descobrir que eram pedrinhas que estava dentro da caixa. E ao pegar as pedrinhas que tinha algumas arestas, pedimos para que ela às relacionasse com sua vida. A coordenadora se identificou com as pedras e disse que se lembra de sua infância e cada aresta representava os momentos difíceis que ela enfrentou, e que contribuiu para a coordenadora que ela é hoje, ela ainda diz que hoje sua vida ainda continua com as arestas, ou seja, obstáculos e cada vez que ela os supera adquire na profissão mais experiência e maturidade. Um entrave que a coordenadora diz ter em sua vida é a falta de tempo, para poder alcançar seu grande sonho, que é poder entrar no mestrado.

Esse dia foi maravilhoso, as dinâmicas superaram as expectativas do grupo e a coordenadora adorou, e até se emocionou em alguns momentos. Encerramos dizendo, que levamos aquelas pedras porque ela era uma pedra preciosa na construção do conhecimento de muitas crianças. Ao terminar ela demonstrou a sua satisfação com o grupo. É muito gratificante perceber que estamos de alguma forma marcando a vida da coordenadora, cada momento de encontro é um aprendizado para todos os que participam.



Érika:


A dinâmica “Psicologia Ativa” proporcionou a todos os envolvidos além de troca de experiência, uma auto-reflexão onde o aspecto emocional foi o ápice, naquele momento não se tratava de profissionais, mas de pessoas com fragilidades, potencialidades, peculiaridades etc.

Durante o 1º momento a coordenadora discordou da pergunta lançada: “você concorda que um alto quociente de inteligência (QI) é o caminho mais seguro para o sucesso profissional?. Foi bem concisa ao relatar-nos que a inteligência não é o único caminho para o sucesso profissional, pois existe muitas pessoas inteligentes que se acomodam e não conseguem ser bem-sucedidas profissionalmente, em contrapartida, tem aquelas que não são inteligentes, porém são esforçadas e conseguem atingir seu alvo, grupo de pessoas no qual ela se considera inclusa, e ainda acrescenta, que a capacidade de se relacionar deve ser peculiar para os que fazem a gestão.

No 2º momento, ao utilizarmos a caixinha decorativa, ela nos surpreendeu mais uma vez (como sempre), identificou o objeto na segunda tentativa disse que se tratava de pedrinhas e de fato era, e que as mesmas se identificavam com a sua infância, pois simbolizavam obstáculos já superados e os que estavam por vir, apresentavam muitas arestas que precisavam ser moldadas e em algumas vezes seriam dolorosas...

Ela não se conteve, e a emoção não conseguiu segurar as lágrimas que insistiam em danificar a sua maquilagem (risos ou lamento?), e continuou a desabafar que o “entrave” na sua vida era o tempo, pois reconhece que não pode realizar no momento por motivos diversos o que tanto almeja, o seu tão sonhado mestrado!

Em suma, pude comprovar que necessariamente naquele momento, a dinâmica contribuiu para a mesma se renovar como profissional e pessoa principalmente, pois antes de qualquer ação ser positiva é preciso você (pessoa) acreditar em si e nas suas potencialidades. Afinal, se você não acredita em si mesma, jamais acreditará no sucesso de um trabalho que venha a desenvolver e principalmente nas outras pessoas.


Lisiane:



Já que no nosso último encontro na instituição tínhamos realizado uma dinâmica para conhecer a coordenadora como profissional, seus anseios e forma de proceder com o trabalho, agora, no dia 09, o nosso objetivo era conhecer um pouco da coordenadora como pessoa, suas expectativas de vida. Para isso realizamos duas dinâmicas. A primeira, psicologia ativa, fazia com que a coordenadora refletisse diante das palavras chaves que eram lançadas e escolhesse fichas que achasse que encaixava com essas palavras. No final, nós líamos um texto que explicava o verdadeiro significado das palavras-chave fazendo com que a coordenadora refletisse e mudasse algumas de suas escolhas, realizando a práxis (ação-reflexão-ação). No decorrer dessa primeira dinâmica, a coordenadora fez algumas observações que valem a pena ser colocadas aqui. Uma delas é que não concorda que o caminho para alcançar os objetivos é a inteligência, mas sim que é através do esforço e de muita dedicação que conseguimos chegar aonde queremos. Disse ainda que leu uma vez no livro de Augusto Cury, Pais brilhantes, Professores fascinantes, que quando se é inteligente demais acaba se acomodando. Para ilustrar esse comentário, citou a fábula da lebre e da tartaruga, na qual a lebre se achou inteligente e rápida demais e acabou perdendo a corrida. Falou também que um gestor tem que ter muito a questão da empatia, tratada no item 5 da dinâmica, no qual é mostrada a importância de saber lidar com outro e colocar-se no lugar dele. Na segunda dinâmica, a parte da caixinha decorativa, a coordenadora nos impressionou com a rapidez em que descobriu o teor da caixa. Logo na segunda tentativa disse que eram pedrinhas que tinha lá. Quando abriu e realmente viu o que era (pedrinhas azuis), pedimos para que ela nos dissesse o que aquilo representava para ela naquele momento e ela se remeteu à sua infância e disse que a pessoa que ela é hoje vem se construindo desde então. Agora com mais maturidade para enfrentar as dificuldades e os obstáculos que a vida apresenta e diz que o maior deles é o tempo, pois é quem a impede de realizar alguns de seus sonhos, como o curso de mestrado, por exemplo. E nós finalizamos dizendo o porque daquelas pedrinhas, dizendo que  elas eram como pedrinhas preciosas, ela, a pessoa, como uma pedra preciosa, peça-chave para a construção do conhecimento de cada criança que ela coordena. Enfim, nesse dia tudo foi muito maravilhoso, todas nos envolvemos no processo e, junto à coordenadora, nos emocionamos. E a cada encontro e à cada intervenção, aprendemos e nos enriquecemos cada vez mais. Até o momento, tem sido tudo muito gratificante.


Maria Elizabete:


Na quarta–feira, dia 09 de novembro tivemos um novo encontro com a Coordenadora. Decidimos nesse dia executar duas dinâmicas com o objetivo de conhecermos um pouco da coordenadora como pessoa. A primeira foi a “Psicologia Ativa”, e a segunda a da “Caixinha com Pedras Azuis”.

Nesse dia ela relembrou a sua infância e afirmou que essa infância construiu a pessoa que é hoje. Foi uma criança muito amada teve momentos tristes, mas também muitos felizes. Quanto às pedrinhas da segunda dinâmica, significam as dificuldades, algumas que já passaram e outras que virão, são “arestas” que machucam, no entanto deixam um saldo de sabedoria.

Intitulou-se uma pessoa muito esforçada, porém pouco inteligente, na minha opinião além de ser possuidora desses dois predicados, pode-se  acrescentar a modéstia, característica das pessoas sábias.

Tivemos uma manhã de muita descontração, rimos muito e também nos emocionamos. Foram momentos que eu qualifico de valiosos, as lições que a Coordenadora nos transmitiu foram de grande aprendizado. 


domingo, 6 de novembro de 2011

Diário das intervenções: Ida à V Bienal do Livro

V BIENAL DO LIVRO



No dia 26 de outubro de 2011 realizamos a nossa intervenção de estágio de uma maneira diferenciada. Como nosso propósito principal é acompanhar o trabalho de um coordenador pedagógico de uma instituição infantil tivemos a oportunidade de fazê-lo em um ambiente fora do espaço escolar. Era a semana da V Bienal do livro e no dia de nossa intervenção, a escola iria levar 40 crianças para conhecer e participar desse evento. Abaixo, seguem nossos diários pessoais e alguns registros fotográficos...

Ana Paula:
Acompanhar o Coordenador Pedagógico em uma atividade fora da escola,e ter a oportunidade de vivenciar uma passeio especial como a V Bienal do Livro juntamente com eles é simplesmente ter a oportunidade de experimentar novas maneiras de possiblidades de aprendizagens, e principalmente perceber a importância de participar de eventos que envolvem elementos da nossa imaginação, isso acontece, e as crianças percebem, gostam e se divertem, estar ali foi com certeza maravilhoso, possivelmente aquele momento estará  nas lembranças  memórias da turminha do martenal, e o que mais legal é saber que fizemos parte desse momento tão especial da vida deles.


Betiene:
Fazer o acompanhamento do coordenador pedagógico fora do espaço escolar foi uma experiência muito gratificante, principalmente por ter sido para a V Bienal. Nossa presença foi uma ajuda para os professores e coordenadora, pois sair com aproximadamente 40 crianças não é fácil, principalmente em um local com grande aglomeração de pessoas. As crianças se divertiram muito e ao ter contato com os livros o comportamento era de curiosidade querendo pega-los. Este passeio terá grandes contribuições para o trabalho dos professores na sala de aula, pois o contato com a literatura é fundamental na formação destas crianças (futuros leitores).
A coordenadora interagiu com as crianças durante todo o passeio, vimos o quanto ela contribui com os professores, sua dedicação, dinamismo, compromisso e bom relacionamento com os professores como coordenadora ficou evidente. Considerando esta experiência concluo que o coordenador pedagógico é fundamental nas ações desenvolvidas pela escola acompanhando o trabalho dos docentes. 

Érika:
Nesse encontro fomos a V BIENAL!!! O grupo esteve com a coordenação e os pequenos estudantes da turma do Maternal 2 e do 2º Período, cerca de 40 crianças. Pense na euforia que os mesmos demonstravam!!!
Achei a iniciativa ímpar, pois proporcionou aos pequenos mais intimidade com a literatura, de forma bem dinâmica e criativa. Participamos do Projeto Letras Sonoras que unia o conto a música, a interação foi parte essencial desse processo, onde eles participaram ativamente das músicas e danças. Houve a exposição de algumas temáticas bem interessantes e na volta eles enérgicos começaram a se debruçar nos livros de estorinha que haviam comprado.
Dava prazer ao vê-los com os olhinhos bem fixos, a imaginação a mil por hora e a instigante vontade de aprender pairando sobre o ar...ufa!!! Como é bom ver o mundo através do olhar de uma criança, cheio de serenidade e paz!!!
Lisiane: 
            Nesse dia, a proposta inicial era que acompanhássemos a coordenadora da instituição em ações desenvolvidas fora do espaço escolar. Como eram essas ações e qual a reação das crianças diante de atividades diferenciadas. No primeiro momento, ajudamos à coordenadora, às professoras responsáveis e aos estagiários a direcionar as 40 crianças para os setores que eram destinados a elas. Algumas estavam eufóricas com aquela situação e prestavam atenção em tudo que passava, fazendo perguntas e achando aquilo tudo incrível e “muito legal”. No entanto, outras tinham medo de alguns personagens da literatura infantil (como a Cuca do Sítio do Pica-Pau Amarelo) e da quantidade grande de pessoas que tinha no local. Passamos a maior parte da manhã em um stand do SESC que tinha um projeto chamado “Letras sonoras” no qual eram cantadas com diversos instrumentos musicais algumas histórias infantis. Nesse momento, as crianças interagiram com a cantora e com a contadora de histórias de uma maneira encantadora. Algumas crianças foram comprar livros com suas professoras e foi muito interessante como os olhos delas brilhavam diante de tantas opções. E com tudo o que aconteceu nesse dia, acredito que essa ida à V Bienal do livro foi de grande importância para as crianças, pois lhes proporcionou uma vivência que os muros da escola dificilmente proporcionaria. 

Maria Elizabete:
Na manhã de quarta-feira do dia 26 de outubro, fui com meu grupo de Estágio Supervisionado, a Diretora, a Coordenadora, algumas professoras e estagiárias, acompanhar 40 crianças da instituição campo de estágio na visita a V Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Foi uma experiência maravilhosa, me diverti vendo aqueles pequenininhos rindo, felizes ao serem fotografados na frente do livro gigante, o livro que era grande ficou imenso e eles pareciam que diminuíram mais ainda.
Conheceram o Projeto Letras Sonoras o qual contou a estória da Onça Pintada, incentivou as crianças a comerem frutas e verduras através de um Frevo Pernambucano. Foi o momento inesquecível vê-los interagir cantando, dançando e batendo palmas com a contadora de estórias e sua trupe. Para mim foi uma manhã de grande aprendizagem.


quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Diário de visita à instituição - 4ª: Apresentação do Projeto de Intervenção e realização da dinâmica de auto-conhecimento

No dia 19 de outubro de 2011 às 08:30 respectivamente, o grupo esteve na instituição educativa campo de estágio, o objetivo desse encontro com a coordenação pedagógica foi, a princípio, entregar o projeto de intervenção, e ressaltamos que o mesmo poderia ser flexível, caso houvesse a necessidade de mudança.

Em seguida, organizamos uma dinâmica por meio do uso de uma mandala de auto-conhecimento, que tinha como foco a auto-expressão do inconsciente, nela o sujeito reunia diversos elementos de suas experiências pessoais e expressava a sua criatividade, reinventando e reconstruindo-se na direção de um novo e significativo todo, contribuindo para a harmonia e o equilíbrio de sua consciência na qual a coordenadora pôde refletir sobre sua prática cotidiana, suas pretensões, ideologia, objetivos e metas a alcançar.

Após a conclusão da dinâmica, a coordenadora fez um breve discurso em torno das palavras-chave utilizada na mesma.

Segundo ela, o “conhecimento” deve ser contínuo, pois é através dele que o ensino se fortalece, a “caminhada” cada dia traz novos desafios, e a dinâmica atual da instituição analisada é mediada pelo “amor, dedicação, afetividade e acompanhamento”, lembra.

O coordenador ao seu conceber deve ter experiência de sala de aula, só através dela é que ele reconhece o quanto o mesmo deve ser dinâmico e criativo, ou seja, a sua importância e os papéis que lhe são atribuídos.

O “aperfeiçoamento” é um processo essencial para ela, tanto é que acredita que essa busca incessante dará norte para o “mestrado” que tanto almeja, e recorda que ainda não fez por falta de tempo.

O seu sonho era fazer outra faculdade, e quando a indagamos sobre a aposentadoria dos professores, nos relatou com bastante ênfase que quando o professor pensa em descansar, ele na realidade deixa de sonhar, pois a idade não é barreira o suficiente, é apenas “tropeçar em pequenas pedras”.

Ela pretende contribuir de forma significativa na formação de muitas crianças, reconhece que com o passar dos temposa fadiga irá impossibilitá-la de algumas atividades, exemplifica que a coordenação motora será limitada etc.

No cotidiano escolar seu foco está centrado na “coordenação das ações pedagógicas” e acrescenta a necessidade de “amar” a educação infantil, para se realizar e ao mesmo tempo ter sucesso profissional.

A mandala (fig. 1) significou refletir sobre suas ações cotidianas, através da auto-avaliação, trata-se portanto de um exercício de ação-reflexão-ação, que para ela é muito gratificante.

Ao rever a mandala depois de produzida, a coordenadora pedagógica se auto-identificou como um sujeito dotado de dedicação, esforço e muito amor.




Fig. 1: Mandala produzida pela coordenadora da instituição campo de estágio. 


DIÁRIOS PESSOAIS  

Ana Paula disse... 

Realizar a dinâmica da “Mandala do Auto Conhecimento” foi um processo importante de reflexão para nós alunas de Pedagogia e o Coordenador Pedagógico, ao escrever palavras que nós fazem compreender o momento que estamos experimentando é também o momento de se colocar como pessoa que também tem dificuldades na sua caminhada docente, que tem sonhos a serem alcançados, que tem seus medos, suas limitações...

A nossa conversa foi bastante construtiva, e me levou a entender que mesmo depois de passarmos por tantos desafios, cada dia é um novo dia, e precisamos mesmo diante das limitações, ter muita dedicação e amor ao coordenar uma escola.

Betiene disse...

A apresentação do projeto de intervenção na escola foi um momento de aprendizado. Através da dinâmica (mandala de auto-conhecimento) a coordenadora expressou toda a sua dedicação pelo trabalho de “coordenador pedagógico”, ela nos disse que não é uma tarefa fácil, mas é gratificante contribuir para a formação das crianças. Além disso, ela nos proporcionou uma lição de vida, ao nos contar um pouco de sua difícil jornada para chegar onde está hoje, relatando os diversos problemas de saúde que enfrentou desde criança, e destacou que chegou a ir doente trabalhar por não conseguir ficar fora do espaço escolar, e através deste relato percebemos seu esforço e determinismo para vencer os obstáculos de sua vida e seu amor pela profissão. Portanto, aprendemos que assumir o cargo de coordenador pedagógico requer, entre outros, tempo, dedicação, amor, e busca constante de conhecimento, acompanhando o trabalho docente e administrativo, visando sempre a qualidade do ensino.

Érika disse... 

Através da dinâmica apresentada por meio da mandala de auto-conhecimento, pude constatar nas palavras da coordenadora que o ser humano só se realiza profissionalmente quando ele se disponibiliza a empenhar o seu melhor em prol da atividade executada, ainda acrescento, que ser coordenador pedagógico requer olhar o mundo e o outro dentro de uma visão mais crítica e precisa estar aberto a continuamente transformar-se, partindo de suas auto-reflexões. Vale salientar que essa transformação não deve perder a total clareza da identidade profissional e delimitação de sua competência no âmbito educacional.

Lisiane disse...
            A apresentação do nosso projeto de intervenção e a realização da primeira dinâmica (Mandala de auto-conhecimento) com o propósito de conhecer a coordenadora da instituição foi um momento muito rico e importante para essa fase do estágio supervisionado, pois nos mostrou além do que estávamos esperando para aquele primeiro dia de intervenção. Mesmo sem termos muito tempo para a realização da dinâmica, conseguimos atingir nosso objetivo e foi tudo muito interessante. Logo de início, a coordenadora nos deu uma lição quando nos falou do amor que sente pela profissão e que é esse amor que a instiga a continuar e querer sempre melhorar e se aperfeiçoar a cada dia, deixando clara a vontade que tem de fazer um mestrado em educação, que ainda não foi possível principalmente pela falta de tempo. E à cada parte concluída de sua mandala era mais uma lição. No final, ao concluir e refletir sobre o que tinha feito ela nos falou da importância de seu trabalho que tem como foco acompanhar diariamente as ações pedagógicas da instituição. E mais uma vez falou que o mais importante para o trabalho fluir é a dedicação e o amor.

Maria Elizabete disse... 

Quando apresentamos o nosso projeto de intervenção para a Coordenadora Ruth na manhã de quarta-feira do dia 19 de outubro, eu senti que naquele momento estávamos dando um grande passo para a conclusão do nosso objetivo. Foram dias de trabalho para chegarmos até aqui, mas foi muito gratificante vencermos essa etapa, de certa forma eu me senti aliviada.

No segundo momento dessa manhã, fizemos uma dinâmica com a Coordenadora – O exercício de auto-conhecimento através da Mandala. Foi um momento de descontração e também de reflexão o qual me mostrou através da sua fala o quanto estou aprendendo com a sua experiência.

Em seguida tivemos um bate – papo informal, mas também de grande aprendizagem, onde todas nós interagimos e rimos bastante. Falamos de vários assuntos, inclusive de idade. Todas elas me deram muito incentivo para eu continuar lutando pelo meu objetivo. São esses momentos “também” que me dá força para ir em frente.